Um dos maiores designer mundiais,
o alemão Dieter Rams Haus, declarou numa entrevista ao Público,
que uma das maiores ameaças que enfrentamos na actualidade
é a “poluição audiovisual”. Na verdade,
a informação em demasia, a enxurrada de imagens e sons
que continuamente nos entulham os olhos e os ouvidos, a queda vertiginosa
de qualidade nos canais de televisão e nas salas de cinema,
a multiplicidade de exploração dos filmes através
de televisões, vídeos, canais temáticos, DVD,
satélite, cabo, etc., sem haver uma cuidada programação,
tudo isto é inquietante em termos de referências culturais
e artísticas.
Um festival de cinema procura,
por definição, honrar o bom cinema, difundi-lo, sensibilizar
para outras culturas e narrativas novas. Por isso, antes de ser um
festival de ambiente, um festival de cinema é já por
si só um acontecimento ambientalista. O Cine Eco é duplamente
um festival de ambiente.
Nesta sétima edição
do Cine Eco, Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente
de Seia / Serra da Estrela, que decorre entre 12 e 21 de Outubro,
confirma de forma plena a vitalidade e a importância deste certame
no contexto dos festivais de cinema europeus desta área, depois
de se ter afirmado inequivocamente no interior da já significativa
teia de festivais de cinema que se realizam em Portugal. Este ano
há várias novidades, e todas elas nos enchem de uma
particular alegria.
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