No Cine
Teatro de Seia e no campo das ante-estreias, destaca-se “Ilheu
de Contenda”, uma co-produção luso-cabo verdiana,
realizada por Leão Lopes, e ainda “Quatrilho”,
um filme brasileiro de Flávio Barreto, que esteve nomeado para
o "Oscar" de melhor filme estrangeiro de 1996. Ambos os
filmes se integram numa estratégia definida para o futuro deste
“Cine Eco” que se propõe dar uma atenção
muito especial à produção de países lusófonos,
o que se deverá concretizar já de forma muito mais evidente
na próxima edição de 1997.
No mesmo Cine Teatro haverá sessões matinais especialmente
dedicadas ao público mais jovem, nas quais se poderão
ver títulos como “A Máscara”, “Pocahontas”,
“Os Flinstones”, “Pateta, o Filme”, “Os
Rivais” (Toy Story), “Casper”, “O Estranho
Mundo de Jack”, “Um Porquinho Chamado Babe” ou “A
Chave Mágica”.
Nas restantes sessões serão apresentados dois conjuntos
de películas, agrupadas em secções, uma que tem
por designação “Outras Terras, Outras Gentes”,
que procurara sobretudo ter como referência comum a relação
do homem com o seu habitat natural, e que agrupa obras como “Querido
Diário”, de Nanni Moretti, “Viver”, de Zhang
Yimou, “Sol Enganador”, de Nikita Mikhalkov, “Rangoon”,
de John Boorman, “Chungking Express2, de Hong Kar-Wai, “O
Carteiro de Pablo Neruda”, de Michael Radford, “As Pontes
de Madison County”, de Clint Eastwood, “Priscilla, a Rainha
do Deserto”, de Stephan Elliot, ou “Braveheart”,
de Mel Gibson.
Uma outra secção, a que se chamou “Ameaças
do Futuro, Hoje” reúne um conjunto de filmes onde se
questionam ameaças reais que pairam sobre o nosso planeta e
as sociedades contemporâneas, tais como “Underground”,
de Emir Kusturica, “Pulp Fiction”, de Quentin Tarantino,
“Seven”, de David Fincher, “Assassinos Natos”,
de Oliver Stone, “Noites Bravas”, de Cyril Collard, “O
Ódio”, de Mathieu Kassovitz, “A Verdade da Mentira”,
de James Cameron, “Dossier Pelicano”, de Alan J. Pakula,
“A Rede”, de Irwin Winkler, “Fora de Controle”,
de Wolfgang Petersen, “Speed”, de Jan De Bont, “Herois
por Acaso”, de Philip Alden Robinson, “Waterworld”,
de Kevin Reynolds, “Apollo 13”, de Ron Howard, “Maré
Vermelha”, de Tony Scott, “Leaving Las Vegas”, de
Mike Figgis, “12 Macacos”, de Terry Gilliam ou “O
Reino” (Kingdoom), de Lars Van Trier.
Importante será ainda a “Mostra do Cinema Cubano”,
que muito recentemente foi exibida na Videoteca de Lisboa e no VideoViana
96, e que agora surge em Seia, mercê de um acordo de colaboração
estabelecido entre a Videoteca de Lisboa e o CineEco. Teremos então
oportunidade de ver obras essenciais da filmografia cubana e que vão
de 1974 até à década de 90, todas elas inéditas
no nosso País em circuito comercial: “La Bella del Alhambra”,
de Enrique Pineda Barnet (1989), “Cecilia”, de Humberto
Solás (1981), com Daisy Granados e Imanol Arias; “De
Cierta Maneira”, de Sara Gómez Yera (1974), com Mario
Balmaseda e Yolanda Cuéllar; “Retrato de Teresa”,
de Pastor Vega (1979), com Daisy Granados e Adolfo Llauradó;
“Clandestinos2, de Fernando Pérez (1987), com Luis Alberto
Garcia, Isabel Santos e Susana Pérez; “Papeles Secundarios”,
de Orlando Rojas (1989), com Rosa Fornés e Juan Luis Galiardo;
“Mujer Transparente”, filme em 5 episódios (1990):
Isabel, de Hector Veitia; Adriana, de Mayra Segura; Julia, de Mayra
Vilasis; Zoe, de Mario Crespo; Laura, de Ana Rodriguez; finalmente,
“Adorables Mentiras”, de Gerardo Chijona (1991), com Isabel
Santos, Luis Alberto Garcia e Mirtha Ibarra. A estas obras junta-se
ainda “Morango e Chocolate”, de Tomás Gutierez
Álea, um cineasta recentemente falecido e que assinou alguns
dos maiores êxitos nacionais e internacionais do cinema cubano.
A acompanhar esta Mostra estará em Seia Hortensia Tolón,
argumentista e dramaturgista, com quem o público poderá
debater as obras visionadas, a história e a situação
actual da cinematografia cubana.
O vídeo educativo estará igualmente presente em séries
como “Geo Kids” ou “Os Grandes Predadores”.
Também os mais jovens poderão ver episódios de
“Tiny Toons”, uma das mais populares séries de
animação norte americana.
Mas a grande secção da edição de 1996
de Cine Eco terá como tema os “100 Anos de Cinema Português”,
sendo exibidas obras importantes da nossa cinematografia, desde alguns
clássicos até obras recentes, como “O Convento”,
de Manoel de Oliveira, “A Comédia de Deus”, de
João César Monteiro, “Cinco Dias, Cinco Noites”,
de José Fonseca e Costa, “O Corte de Cabelo”, de
Joaquim Sapinho ou “Adão e Eva”, de Joaquim Leitão.
A edição do catálogo-programa, vários
colóquios e uma Exposição sobre o Cartaz no Moderno
Cinema Português completam o II Festival Internacional de Cinema
e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela.